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8 de abr. de 2011

Diálise Peritoneal


• DPAC – Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua
• DPA – Diálise Peritoneal Automatizada
Diálise Peritoneal
É o tratamento que consiste em remover toxinas e água retidas no organismo. Esse método oferece duas alternativas de procedimento: a manual e a automatizada. Ambas são custeadas pelo SUS – Sistema Único de Saúde. •
Diálise Peritoneal: é um tratamento dialítico contínuo realizado em sua residência através do filtro natural existente no nosso corpo chamado “peritônio”.

O que é a Diálise Peritoneal? 
O processo acontece dentro do corpo do paciente, com auxílio do filtro natural como substituto da função renal. Esse filtro chamado de peritônio, é uma membrana porosa e semipermeável, que reveste os principais órgãos abdominais. O espaço de revestimento entre esses órgãos é chamado cavidade peritoneal.
 Implante do cateter: através de uma pequena cirurgia no abdômen, é possível implantar um cateter (tubo flexível biocompatível), que permite que a solução da diálise entre e saia da cavidade peritoneal. O cateter é permanente e indolor.
Para a realização da terapia de diálise peritoneal, uma solução de diálise é infundida e permanece por um determinado tempo na cavidade peritoneal, em seguida é drenada. Durante o período de permanência, a solução de diálise entra em contato com o sangue na cavidade peritoneal e, através do peritônio ocorre à passagem e filtragem de substâncias tóxicas e água acumuladas no organismo.
Por ser um processo lento e natural proporciona uma diálise mais gradativa, resultando em menos intercorrências clínicas.
Modalidades da Diálise Peritoneal Contínua Domiciliar:
Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua – DPAC: realizada diariamente e de forma natural pelo paciente e/ou familiar e/ou outra pessoa indicada, na própria residência ou no local de trabalho.
Diálise Peritoneal Automatizada – DPA: realizada todos os dias, normalmente durante a noite, em casa utilizando uma pequena máquina cicladora.
Sobre a Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua – DPAC
É uma alternativa de Terapia Renal Substitutiva que existe no Brasil desde 1980. a DPAC permite a realização da diálise no seu domicílio em todo o território nacional, sem restrição de raça, idade ou condição social.
Por ser um tratamento contínuo realizado diariamente, assemelha-se ao funcionamento do rim. A remoção de líquido e toxinas ocorrem normalmente, sem intercorrências clínicas que necessitem de cuidados diários dos profissionais dos hospitais ou centros de diálise.
Antes de ingressar na DPAC, o paciente e seus familiares passam por um período de treinamento, realizado pelo enfermeiro da Unidade de Diálise, durante o qual, serão capacitados para realizar as trocas manuais de bolsas de solução de DPAC, cuidados com o cateter e a identificação de eventuais complicações que podem ocorrer no tratamento.
A DPAC permite drenar e infundir a solução de diálise na cavidade peritoneal, por gravidade, usando a efetividade de um sistema de equipo em “Y”, que une as bolsas da solução.
O sistema de DPAC
O sistema de Bolsas de DPAC é formado por um equipo em “Y” conectado a duas bolsas plásticas, uma vazia e outra contendo a solução de diálise. A bolsa cheia com a solução de diálise é infundida e a bolsa vazia, permite a drenagem da solução antiga da cavidade peritoneal.
Da mesma forma que diversas doenças podem dar origem à perda total da função renal, o peso e a altura diferem de um paciente para outro e a prescrição de DPAC varia no número de trocas de bolsas e volume de solução a ser infundido.
 Normalmente, são realizadas 4 trocas de bolsas diariamente, de acordo com seus horários e estilo de vida. O procedimento de troca leva aproximadamente 30 minutos.



Durante o período entre as trocas, o paciente fica livre das bolsas, mantendo um pequeno equipo de transferência fechado, fixado e escondido em baixo das roupas.



Diálise Peritoneal Automatizada – DPA
A Diálise Peritoneal Automatizada também é realizada no peritônio e consiste no uso da membrana peritoenal, do cateter flexível e de bolsas plásticas contendo solução de diálise peritoneal. A diferença básica está no uso da máquina cicladora que realiza e monitora os cilcos de diálise: infusão da solução de diálise, permanência na cavidade peritoneal e drenagem do líquido antigo. O paciente é treinado a preparar o sistema de bolsas, equipo cassete, extensão de drenagem e manuseio da máquina cicladora.



Diferenças entre a DPAC e DPA
1. Na DPA, a troca de bolsas é realizada pela cicladora automática. Geralmente o paciente se conecta à máquina, e inicia a diálise antes de se deitar durante o período de sono ocorrem os ciclos de diálise prescritos pela Equipe Clínica Renal. 2. Na DPA a cicladora controla automaticamente a infusão, permanência e drenagem da solução, guardando na sua memória os registros das últimas terapias realizadas.
3. O sistema em “Y” usado na DPAC é substituído pelo equipo cassete da cicladora. A infusão e drenagem da solução são automáticas e independentes da gravidade.
4. A DPA permite infusão e variação de volumes de forma precisa.
5. A drenagem é feita diretamente em ralo sanitário e/ou recipiente próprio para grandes volumes, conforme orientado pela equipe clínica.


Enfa. Aline Reis




17 de mar. de 2011

Afinal, o que é peso seco?


   E o  peso ideal após uma sessão de hemodiálise. Com este peso o paciente renal crônico deve se sentir bem, sem inchaços, com a pressão arterial normal, entre outros.

   O que significa ganho interdialítico?
   
   É o ganho de peso entre uma sessão de hemodiálise e a outra (intervalo dialítico).
Exemplo: Ao final de uma sessão de hemodiálise, na segunda-feira, o paciente sai, se sentindo bem, com um peso de 40 kg (este é o seu peso seco).
   Dois dias depois,  ele retorna para próxima sessão com falta de ar e pressão alta, e o seu peso é de 45kg.
   Isto significa que o seu ganho interdialítico foi de 5kg e é este que deverá ser retirado na sessão de hemodiálise.
   Então, o ganho máximo de peso no intervalo dialítico deve ser  de 3% do valor do peso seco.
   Este cálculo é realizado da seguinte forma, multiplique o peso seco por 3 e divida o resultado por 100.
               
Exemplo:
Peso seco: 70kg
70x3= 210
210/100= 2.1
 O ganho interdialítico deverá ser no máximo de 2kg e 100g

   Ganhar muito peso entre as sessões de hemodiálise gera severas conseqüências, como hipertensão, inchaço, falta de ar, edema agudo de pulmão (água no pulmão), entre outras.
   Com o passar do tempo, o coração aumenta de tamanho e gera cansaço fácil, falta de ar aos mínimos esforços e incapacidade de realizar as atividades do dia-a-dia.
   Então, cuidado! O paciente renal deve manter o controle e seguir as orientações dadas.

28 de fev. de 2011

Transplante Renal, o que é isso???


O transplante renal é uma das formas de tratamento do paciente renal crônico. Para que seja realizado o paciente deve passar por uma série de exames e orientações para que tudo ocorra como o esperado. 

O que é  transplante de renal?
O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na transferência de um  rim de um indivíduo para outro, a fim de compensar ou substituir uma função renal perdida.

Quem pode ser transplantado?
O transplante de rim só está indicado em pessoas que têm prejuízo irreversível e grave das funções renais. Após a indicação do transplante, o paciente é submetido a uma avaliação clínica que inclui vários exames. Eventualmente pode ser necessária uma internação hospitalar para essa avaliação

Quem pode ser doador de rim?
              Qualquer pessoa adulta que seja saudável, que tenha função renal normal e não apresente, durante extensa e minuciosa avaliação médica, evidências de risco de doença renal ou de outros órgãos vitais após a doação, pode ser doadora, desde que demonstre esse desejo espontâneo. Para o doador, a falta de um rim modifica muito pouco sua vida, já que a ausência de um rim será compensada pelo outro órgão sadio. O rim doado pode representar muito para o receptor.
            A doação por parte de indivíduos que apresentam distúrbios psiquiátricos, abuso de álcool, fumo ou drogas, e por pessoas de idade muito avançada, ou portadores de câncer é contra-indicada.

Tipos de doador
            Um transplante renal pode ser realizado a partir de doadores vivos ou doadores falecidos. No primeiro caso, o doador passa a viver com apenas um rim, o que é perfeitamente compatível com uma vida  normal. Quando o doador é vivo e tem parentesco próximo com o receptor, os resultados do transplante são superiores àqueles que se obtêm com rim de doador falecido. Doação de rim entre parentes é permitida pela Pré-transplante
legislação brasileira até o quarto grau de parentesco entre cônjuges, desde que o doador seja maior de idade, tenha grupo sangüíneo compatível e testes de compatibilidade imunológica adequados.


É necessário que o doador vivo cumpra os seguintes requisitos: 

• Encontre-se em bom estado de saúde física e mental;
• Tenha compatibilidade sangüínea com o receptor;
• Realize todos os exames preconizados para este tipo
de cirurgia;
• Tenha mais do que 21 anos;
• Tenha passado pelo estudo imunológico;
• Seja um doador voluntário.

             Indivíduos falecidos (pacientes que vão a óbito em quadro de morte encefálica), desde que se obtenha a autorização familiar, podem ter seus órgãos doados para receptores compatíveis e podem salvar inúmeras vidas. Cabe à família do paciente falecido dar a autorização para a doação de órgãos e tecidos. Pessoas não identificadas ou com causa de morte não esclarecida não podem ser doadoras. É necessária compatibilidade de tipo sangüíneo e de sistemas imunológicos entre o doador e o receptor para evitar que o rim implantado seja imediatamente rejeitado.